sábado, 24 de outubro de 2015

Isto tem estado muito parado para o meu gosto!! (vamos lá por isto a mexer, e rápido! )

Não é uma crónica mas uma ideia, uma acção. Um iniciar de alguma coisa.
Já há algum tempo tenho andado com vontade de "falar" sobre mudanças e sobre as mil e uma coisas que não conseguimos deixar (sejam coisas materiais, sensações, sentimentos, pensamentos, ideias, ...). Não será hoje, ainda, o dia em que aqui deixarei as minhas reflexões, mas porque as mudanças são uma constante da minha vida, e quero mudar a inactividade vivida em algumas áreas, também, da minha vida, hoje foi dia de (tentar) desfazer-me da matéria (alguma) que não me faz falta.
No seguimento, acabei por fazer uns quantos videos, em tom de discurso ou conversação comigo mesma (já que a solteirona vive sozinha e as paredes não fazem eco das suas palavras), e numa tentativa de experimentação/aprendizagem editei o video que se segue.
Quanto ao resto das palavras e considerações deixarei para uma próxima publicação,  porque este blog, assim como o video (e muitas outras coisas que não serão descartadas para sempre), continuarão por aqui...
Até la, fiquem muitíssimo bem!


P.s. caso queiram partilhar:
- Quais os objectos que mais acumulam e vos custa desfazer por esses lados?

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O dia em que desisti do amor (um dos dias pelo menos... )

Fala-se muito de amor por este dias (de amor e de crise) 
Fala-se de amor, nas redes sociais, nos blogs, na televisão, nas revistas e livros. Do amor fugaz e do amor (já quase nunca) eterno. Houve tempos em que também eu acreditava nele. Escrevia sobre ele, suspirava, ansiava, respirava-o intensamente e vivia-o também. Também eu já fui (supostamente) em alguma altura, a paixão da vida de alguém, a “mulher perfeita” com quem alguém nunca pode ficar, (blá, blá, blá, ...). Também eu já tive histórias de amor dignas de novelas, romances, filmes (uma sortuda eu!). Até que chegou aquele dia em que desisti do amor. É verdade. Pode parecer cru, frio, calculista (incrivelmente triste até) mas são estes apenas os dados reais de uma descrição temporal, com tentativa de ser imparcial e exata, a descrição de uma nova fé em termos de sentidos e sentimentos. Houve um dia (e consigo dizer exatamente qual) em que deixei de querer “amar” (sim, com aspas!). 
Falando sinceramente, sim, acredito nos melhores sentimentos e emoções. A família e ou filhos e os amigos..., ... Acredito até em paixões e em amores para (de) uma vida, para os que me rodeiam, para o mundo em geral. Só não acredito neste momento, e já há algum tempo, que sejam para mim. E assumindo isto, sigo a vida com tudo o resto que esta me dá todos os dias.
 A verdade é que perdi demasiado tempo, demasiados dias, demasiados anos atrás de amores que não eram meus. Atrás de esperanças de coisas que nunca no fundo existiriam. Personalizando em pessoas, ideias e visões que não eram reais e/ou que não eram minhas. Necessidades que só eu tinha e que, concretizo agora, seriam injustas ao serem assumidas como certezas alheias. E esgotei-me no amor que procurava e que na altura verdadeiramente sentia para mim. Esgotei-me ao viver vidas que no fundo de alguma forma não eram realmente verdadeiras. Não assumi as mudanças (as minhas e as dos outros), os medos, as cicatrizes passadas, não assumi as maneiras de sentir diferentes, entre pessoas. No fundo é simples. As coisas, todas elas, ou são ou não o são. Não há volta a dar. Quando não existem não adianta fantasiar com histórias de outros personagens. Por aqui o único personagem que realmente existe e me sustenta a todas as horas sou eu. Do modo que for, com todos os inconvenientes e inconstâncias e incoerências. Todas elas reais. Sou eu que me respiro e ninguém mais por mim. Ok, sempre a mentir... minto. Muitas vezes há quem ligue a máquina de suporte à vida, por mim, quem me dê o ombro, o ou abraço, ou o sorriso, ou a mensagem “está tudo bem por aí?”. E isso é imensamente bom, corajoso, imenso e simples. E isso também para mim é amor. Não deveria ser o amor uma “coisa” simples? As relação sim são coisas complexas e complicadas, mas o amor...
Já me perdi em paixões, amores de páginas de romances dramáticos, aqueles que no fundo nunca acabam bem, cheguei a morrer por isso. Assisti à agonizante enfermidade de apenas querer dar e sentir sem limites e sem (supostamente) opção, de me perder em sentimentos sem que a mente e o corpo me pudessem impedir de tal, construindo-me maior também por isso e ao mesmo tempo destruindo-me por não me reconhecer nesse ato. Que improvável e amarga dualidade. O que me destruiu foi certamente o que me edificou no final. Senso comum. No fim de tudo, voltei a renascer numa outra qualquer manhã, a respirar, a secar restos de restos de restos de restos de lágrimas já secas, a sair porta fora, a inspirar a vida que me traz aqui. A sorrir infinitamente com um simples sopro de vento gélido de um fim de tarde de inverno, na visão de um pôr-do-sol inesquecível (e todos eles o são absolutamente e poderosamente). Curiosamente e inesperadamente a ser feliz (maravilhoso senso comum!). Curiosamente a sentir amor. Curiosamente a questionar onde tudo isto irá um dia chegar... se chegar a algum lado. Curiosamente. Talvez todo aquele “amor” que anteriormente senti, mesmo que com toda a essência e intensidade, seja isso no fundo: amor com aspas. E há que deixar respirá-lo, simplesmente, sem elas. É curioso que quando desistimos do amor é quando ele nos surge em alguma outra forma absolutamente diferente, (e muitas vezes diferente da forma humana). Saberei eu que outros tipos de amor existirão por aí... Até lá ficarei, seja de que modo for, bem. Até lá, fiquem muitíssimo bem. ☺ 


P.s. Um sempre infinito agradecimento a quem pelos dias, mesmo em pensamento, mesmo que em distância, pelo afecto, e pela preocupação, me faz acreditar.

domingo, 30 de novembro de 2014

O prazer de ser sozinha (e não só) Parte I


Muitas vezes gosto de estar sozinha. Gosto do silêncio, do “fazer o que me apetece quando me apetece", do sair pela estrada fora e explorar lugares e sensações. Saborear. Tudo. Aproveitar cada pedacinho da tarde, seja numa esplanada à beira mar, na estrada, ou em casa. Com um copo de água, um galão morno, ou um copo de vinho (e que bem que sabe - mesmo sozinha - um belo copo de vinho – no sofá!). Cantar alto pela casa ou falar alto no supermercado, queixando-me dos preços (e passar deste modo por maluca, só! na minha cabeça, porque ninguém liga realmente para o que se passa à sua volta). Andar a pé. Correr. Tentar fazer exercício e não o fazer, sentindo-me frustrada e voltar a tentar fazê-lo (ao invés de realmente fazê-lo). Sentir o sol, sentir a chuva. Sentir o vento (o de sempre... forte ou rarefeito, companheiro de sempre). Dançar. Fotografar. Dançar. Escrever. Tudo (porque não) sozinha. Também gosto de estar acompanhada. Muito. Gosto da partilha, da boa conversa, da cumplicidade que não se explica por pensamentos ou ações (apenas). Gosto dos sorrisos dos outros e de sorrir (ou rir à gargalhada) com o seu contágio, dos interesses intelectuais ou pontuais e dos afectos. Do calor dos abraços. Do calor. Dos abraços. Dos gestos alheios. Gosto do amor que se partilha, que se dá e se recebe. Do retorno. Mas gosto de poder sentir-me plena, (e desse modo, mesmo que assim tiver que ser) mesmo que não acompanhada. A Solteirona não é propriamente uma ermita (muitas vezes parece, mas não o é). Um ser humano perdido no mundo e sem ninguém... Muito pelo contrário. Não o é e foi-se construindo (ao longo dos anos) de amores que a acompanharam como os mares e as marés; ora suaves ora revoltos, algumas vezes de paixões que pela sua majestosa intensidade acabaram por nunca se materializar no tempo. Sempre se ergueu e respirou com os ditos afectos e partilhas...Muitas... Mas também (muitas vezes) os melhores momentos foram passados a sós, sozinha, e quando nunca, curiosamente se sentiu só. Acima de tudo, pelas circunstâncias de todas as experiências da vida, aprendeu a sentir prazer nos momentos em que, sozinha, consegue ser mais ela. E reconhecer-se como tal. Não, mais uma vez minto. Não aprendeu. No fundo sempre fui assim, sempre falei comigo mesma em pensamentos que por vezes se lançavam em alta voz para fora de mim sem quem ninguém lá estivesse para ouvir. Desde pequena sempre me entendi a mim mesma e aos meus sentidos e sentimentos a sós, mesmo que nem sempre os compreendesse ou soubesse realmente lidar com eles. E sempre procurei primeiro em mim as respostas às perguntas vindas de fora. Nunca realmente me consegui vergar à personalidade de outros ou à vontade do ser socialmente suposto, mesmo que o contrário aparentasse (não seremos muitas vezes o opostos de nós mesmos também?). E do mesmo modo enquanto me ocupava em o ser, sozinha, sempre estiveram por cá esses seres magníficos, grandiosos, infinitamente transcendentes à minha infinita gratidão, por serem maiores do que eu mesma e no entanto sem me dar conta, tão parte de mim. Os irmãos de alma, da mente, do corpo. Os que mesmo longe no espaço ou no tempo permanecem aqui. Sempre presentes. São retorno de mim mesma. E lembram-me de voltar sempre a mim.
Na minha anterior profissão tive oportunidade de conhecer muitas pessoas de origens diferentes. Idades e contextos sociais diferentes. Experiências de vida e educação. Muitas delas, sobretudo mulheres, muitas vezes confidenciavam-me que nunca conseguiriam, por exemplo, viver numa casa sozinhas, quando para mim essa realidade sempre me apareceu como possível e normal. E foi. E sempre foi bom! Até à data (e cá está! não é por acaso que me intitulei por aqui como a “Solteirona” – não é assim que se classifica alguém que gosta de ser o que é, só ou acompanhada?). É certo que sempre quis (e quero!) ter uma família e compartilhar as vidas (as que existirem) e dias e outros sentidos com outra(s) pessoa(s). Um companheiro, filhos, netos, quem sabe... Mas nunca realmente vivi em função desse desejo. Desde muito cedo sempre me fui suficiente, mesmo em alturas em que emocionalmente não me senti como tal. Mas no fundo, a realidade é que de uma forma ou de outra sempre compartilhei a vida com outros. Sozinha mas nunca só. Afinal as palavras do titulo também são reversíveis, e os sentidos mesmo que dispersos pelos tempos e espaços sentem-se sempre. A minha mãe diz-me (e sempre me foi dizendo) muitas vezes que a solidão custa com a idade, e acredito que deva ser difícil mas não me recuso a viver a vida, de que forma seja. E a maior solidão que até à data senti, foi rodeada de gente. Sou grata pela vida que tenho, mesmo com todas as dificuldades, pelas pessoas que “tenho” na minha vida, pelas que passaram, pelas que, certamente, virão. Espero (e ao mesmo tempo temo) apenas uma coisa: não me perder na imensidão da vida que existe em mim, e que vem de mim, (enquanto só) e de todos os que me perfazem sempre, com o seu caminho cruzado ou enleado ao meu. Quem sabe um dia a Solteirona passe a solteirinha... e daí?... Mesmo que tal não aconteça quero ter prazer em ser. Só isso. Até lá, fiquem muitíssimo bem. ☺

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

"Cronicar" (ou a palavra criada para descrever o ato de colocarmos em palavras o que vivemos e pensamos, seja curioso, pertinente e interessante – ou não).


Escrever crónicas, não deve ser tarefa fácil (será?). Em primeira estância um sem fim de critérios a ter em atenção; os técnicos ao género em escolha (humorístico, jornalístico, narrativo, poético, etc. ... uma trabalheira para quem sofre de indecisão estética ou desvio de personalidade constante) a escolha de um público (ou a opção de nem pensar em quem está desse lado), o tema ou temas, o tempo, a vontade de o fazer, o tempo para as escrever, a sensibilidade e pertinência do que se inscreve, perdão, escreve. Pessoalmente tenho alguns critérios presentes, não querendo dizer que sejam os desejáveis, mas para alguém com tanta coisa na mente como tem a Solteirona, seguramente os possíveis. Afinal não poderei falar de certos temas a não ser que pretenda entrar pela área da ficção - muitas vezes científica... - sendo que a Solteirona vive uma vida muito pacata e na maior parte das vezes sem grande interesse para as restantes pessoas do mundo que coabita (e não fosse ser também tão diferente e tão igual a todas elas), com excepção da família e amores.
Mas voltemos às palavras e aos surpreendentes, porém não pouco comuns, processos (para esta Solteirona, registe-se) de as soltar no mundo. Por exemplo: estar deitada na cama aconchegada e quente, luz apagada e... cabeça acesa! Ideias e mais ideias, frases completas que surgem de uma só vez, com uma fluência extranormal. E o processo é o seguinte: abrir os olhos, acender a luz, levantar-me, escrever no caderno que guardo na mesa de cabeceira o que a cabeça e os seus pensamentos inquilinos ditaram, não vá o sono apagar toda esta torrente de iluminação temporária (iluminação tenho em conta o contexto horário) de manhã (e apaga, garanto). Voltar a deitar-me, apagar a luz e ... (raio da cabeça que não desliga, lá terei que me levantar de novo!) assim surgem por exemplo linhas como estas que de manhã não parecem nem um pouco geniais para terem o poder de me por a pé vezes sem conta (eu ainda sem filhos e com gosto de dormir sossegada), mas que serão postas em formato digital para que alguém (mesmo que apenas a Solteirona) as possam ler hoje!

Escrever crónicas será simples, por ventura, se as começarmos a escrever de algum modo. Mas a tradução/transição do pensamento para a escrita nem sempre é imediata. Perde-se em mim em outros pensamentos, jantares ao lume que não posso deixar queimar, música ou os sons de casa e de fora (neste momento a chuva) que me afastam da presença aqui e do ato de seguir a linha e as linhas dos pensamentos, e sim, sobretudo outros pensamentos que se sobrepõem e sobrepõem e sobrepõem e sobrepõem aos pensamentos. E sim, também muitas vezes a ausência dos mesmos (pensamentos! Só para reafirmar). Um dia, acredito que estejam já a “tratar disso” vão por à venda a tal máquina de leitura e escrita do pensamento humano e cronicar tornar-se-á supostamente simples e rápido (não que isso me faça muito feliz). Depois, como tudo na vida (hmmm...), sobrará a edição do que do nosso cérebro sai. O limar de vírgulas, e das palavras que poderão ser substituídas por outras de (mais ou menos) igual significado mas de carácter estético e apelativo diferente. Ponto de situação. Ponto final.
"Cronicar" – poder ter um cunho pessoal, um ponto de vista ou simplesmente um ponto. Ponto. E ter opinião mesmo que a opinião seja não ter que a ter. Transportar palavras segundo o ponto de vista da vida que se vive, segundo a própria experiência sem que a mesma seja necessariamente de quem a lê, mas se o for tanto melhor, chega-se a uma ou outra mente e coração, ou pelo menos prende-se alguma atenção. E terminar depois em tom de “até logo”, voltarei a dar sinais de vida, prometo não voltar a escrever sobre o ato de escrever e sim sobre outros temas com os quais vivemos (e sobrevivemos); os afectos e desafectos, o que apenas suavemente nos abana ou realmente abala (o que nos importa – ou que fazemos questão de afirmar que não). A lista é grande, a Solteirona anda a trabalhar nela (lembrem-me de vos falar da minha paixão por listas). Até lá, fiquem muitíssimo bem. ☺

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O meu exercício diário de peso (ou como uma mala pode carregar mais do que o mundo dentro)


A solteirona não tem filhos.
Não carrego fraldas, biberões, bonecos, livros com desenhos e cadernos com lápis de cor. Não passeio com frutas e papas em frascos de vidro, nem panos ou babetes, cremes de assaduras, chapéus, mudas de roupa, meias e  sapatinhos fofinhos de tamanhos pequenos  (pela descrição, quem tem o papel heroico de mãe já percebeu que não, não tenho a noção da realidade maternal e do que se carrega na mala quando se sai pela rua num breve ou longo passeio com um filho – ou filhos - pela mão ou pelo carrinho). Não trago comigo nem chupetas nem toalhitas de bebé. Não. Minto. Na minha mala reside, nalgum canto escuro e longínquo apenas ao alcance de várias revoltas de mão na mala, uma embalagem de toalhitas de bebé!
 E assim entramos no universo dos mil e um quilos que carrego diariamente no espaço mais ou menos reduzido e com alças para colocar ao ombro.
Sim, carrego e carreguei durante anos o peso do mundo nos ombros. Não falo do peso dos indesejados  “dias cinzentos” (quando o são) e das  mil e uma dificuldades e agruras da vida ao longo dos dias, meses, anos, das mortes diárias, dos desaparecimentos, dos desgostos do coração, das doenças e vícios nocivos à mente, à alma e ao corpo, mas do peso de uma mala cheia de coisas absolutamente indispensáveis ao meu uso MAS que, curiosamente nunca ou raramente (realmente) lhe deito as mãos. Há alguns dias saía com um amigo do sexo oposto (aquela espécime que na sua generalidade parece-me agora que é (foi) suficientemente perspicaz para perceber que devemos carregar connosco o presente das coisas e não as coisas que por ventura poderemos precisar num futuro próximo ou no meu caso e a julgar pelas coisas que transporto comigo na dita mala de “mão”, num futuro mais longínquo, seja daqui a uma semana, um ano, uma década...)  aproveitando o ar fresco da natureza  e para isso deixei a minha mala no carro sentindo-me livre, literalmente e fisicamente livre, abrindo os braços de par em par, qual cena cinematográfica já muito utilizada em diversas ocasiões por diversas pessoas,  suspirei fundo e gritei: “fogo! (não me recordo se a palavra dita tenha sido realmente esta, mas adiante), por que raio uso eu uma mala tão pesada. Sempre!“ (como se a liberdade fosse afinal um gesto simples: o de deixar de usar uma mala pesada aos ombros. E provavelmente até o é).  Ora vejamos: para que preciso afinal de TANTAS coisas na mala?  Chapéu de chuva, lenço para o pescoço, farmácia, excessivos produtos de higiene, chaves de casa, do carro, do correio, do cacifo, telemóvel, leitor de música, carteira com todos os mil e um cartões e dinheiro, óculos de leitura, óculos de sol, uma lanterna, caderno e canetas, livro, documentos diversos, lenços de papel, as tais toalhitas de bebé, e nos dias em que em sinto mais resistente (fisicamente, registe-se) máquina fotográfica, garrafa de água, perfume, tablet, frutos secos, bálsamo para os lábios, etc. etc. etc. Muitos eteceteras.

O curioso de tudo isto é o facto de que a Solteirona não pretende que a vida seja feita ou vivida com base nos “eteceteras” que carrega consigo mas no que é essencial (mesmo que o mesmo vá mudando, conforme as minhas circunstâncias, necessidade, desejos...). E o essencial não está nas coisas que carrega na mala mas no que carrega dentro de si (pronto, e cá estou de novo no discurso sensitivo). Dizem que mulher prevenida vale por duas mas a Solteirona prefere  neste momento ser una e plena ao invés de sobreviver em dualidade com uma prevenção da qual não sabe sequer porque e para a qual se deve prevenir. E pretende ser minimalista, o que quer que seja que isso queira dizer – tema de texto a escrevinhar mais tarde (também não pretendo ficar dia após dia cada vez mais corcunda). E assim a Solteirona gostaria de trocar, com bom grado, os pesados e desnecessários “eteceteras” que transporta na mala por outros bens que lhe sejam bem mais úteis e que lhe tragam a liberdade (quer de peso, quer de sentido) à sua vida, mesmo que essa liberdade possa ter também um outro encargo (e  quem sabe um ou outro biberão) a suportar. É um dos objectivos do dia. Simples, sem complicações e porventura fácil de concretizar. Veremos ... Até lá, fiquem muitíssimo bem ;).

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Aqui estou...

... eu. Mais uma. Solteirona. Trintona. Com sentido de muitos sentidos por digitar. Sentido de humor nem sempre outros sentidos por onde me orientar. Dia e dias de cada vez. Por hoje é isto. Amanhã há mais. E pode ser que do mais surja mais um post por aqui. Até lá. Fiquem muitíssimo bem ;)